Vamos apresentar notícias das nossas escolas!

Poema Fenda


As pedras


As pedras falam? Pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas dizem
uma história que não calam,

Debaixo dos nossos sapatos
ou dentro da nossa roupa
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?

As pedras cantam nos passeios,
Choram no meio da cidade
Tremem de frio e de anseios
Quando a noite é fria e cheia de maldade

Riem nos muros de manhã,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como as gaivotas
E nem mais tarde regressam.


Brilham quando a chuva regressa.
Vestem-se de giestas no monte
Em casa velha ou em fonte
Que saiba matar a sede.

Foi de três pedras cinzentas
Que a faísca rebentou:
Uma germinou em areia
E a outra nos mares ficou.

As pedras gritam? Pois gritam.
Só as entende quem quer.
Que todas as pedras têm
Uma coisa para gritar.


Maria Alberta Menéres (adaptado por Tiago Caldeira)



As pedras

As pedras falam? Pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas entendem
uma história que não calam,

Debaixo dos nosso sapatos
ou dentro da nossa luva
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?

As pedras cantam nos oceano e rios,
Choram no meio de travessas
Tremem de frio e de susto
Quando a noite é fria e negra

Riem nos muros ao vento
no fundo do lago  se esquecem.
Umas partem como as andorinhas
E nem mais tarde regressam.


Brilhem quando a chuva chora
Vestem-se de folhas amarelas
Em casa velha ou em fonte
Que saiba matar a sede.

Foi  de 3 pedras rijas
Que a faísca rebentou:
Uma germinou em fruto
E a outra nos mares nadou   

As pedras conversam? Pois
Só as entende quem quer.
Que todas as cenas têm  
Uma coisa para falar

Maria Alberta Menéres (adaptado por Tiago Lopes)